Conto Realista Fantástico: Imagina só, menina!
O que uma criança faz num engarrafamento pré-carnaval? Um conto realista fantástico sobre imaginação e tédio. Contém Videogame Portátil No banco traseiro da caminhonete, eu, Rafael e Rodrigo brigávamos pela vez de jogar o videogame portátil. Eu era a caçula. De longe, a mais fraca dos três. De costume, minha manha ganharia a posse do objeto cobiçado; meus pais, no entanto, discutiam calorosamente sobre a construção de uma piscina na nossa nova casa de praia. Seria impossível tirá-los de sua conversa séria de adultos para voltarem a atenção a uma briguinha eterna de crianças e eu ainda seria repreendida gratuitamente. Rafael, o mais velho, puxava o aparato de Rodrigo sem deixá-lo jogar nem por dois minutos. Rodrigo eventualmente fazia o mesmo depois de lutar esmagado contra o banco do carro. Era um tal de " peraí , cara" a cada trinta segundos. E eu? Somente tive a chance de jogar o joguinho de bonequinho enquanto atravessávamos a ponte Rio-Niterói. Depois do pe